Felizes ou tristes
A Célia achou no marido uma berruga
O velho vê o amanhecer da varanda
A prega sabe que não se auto-costura
O cego nota a claridade e se espanta
O belo acorda ela, acaricia e se avança
A vela é assoprada por sua claridade impura
Bolero acaba se não tiver par para a dança
Na cela, não há luz p’ra ver apodrecer a atadura
- Felizes ou tristes, o sol nasceu.
E sobre o sepulcro do negrume,
uma esperança de céu ao léu. O vaga-lume
se afasta do mártir de costume,
ensaia um bocejo sob o verde do legume,
repousa em suas próprias asas.
Aproveite que em teu cansaço, o maior se esmere,
iluminando causos e casas,
mas na clareza do teu astro, teu melhor revele.
- Indiferentes, a noite era uma esperança.
(Solano Lucena)
O velho vê o amanhecer da varanda
A prega sabe que não se auto-costura
O cego nota a claridade e se espanta
O belo acorda ela, acaricia e se avança
A vela é assoprada por sua claridade impura
Bolero acaba se não tiver par para a dança
Na cela, não há luz p’ra ver apodrecer a atadura
- Felizes ou tristes, o sol nasceu.
E sobre o sepulcro do negrume,
uma esperança de céu ao léu. O vaga-lume
se afasta do mártir de costume,
ensaia um bocejo sob o verde do legume,
repousa em suas próprias asas.
Aproveite que em teu cansaço, o maior se esmere,
iluminando causos e casas,
mas na clareza do teu astro, teu melhor revele.
- Indiferentes, a noite era uma esperança.
(Solano Lucena)
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