Um homem só: o xavequeiro
Veste a máscara.
- Poderíamos sair para dançar e beber alguma coisa, que tal?
Tira a máscara.
- Estou lhe dizendo que quero vê-la e que sou um cara legal, sabe? “Beber”, “que tal?”, um cara legal na medida ideal.
Veste a máscara.
- Ah... Tudo bem, podemos deixar para outro dia, então, um dia que tu puderes.
Tira a máscara.
- Estou lhe dizendo que ainda quero vê-la, que sou o mesmo cara legal, um cara legal na medida ideal, e que posso ser compreensivo também. Estou me fantasiando de "o cara legal certinho". O que talvez essa pessoa não queira e decretará isso na fala seguinte.
Veste a máscara.
- Mas não vá depois se arrepender, hein? Hehehe.
Tira a máscara.
- Estou dizendo que poderia chorar a noite inteira pela atenção recusada. Poderia, se não houvesse um homem maiúsculo aqui... Ahm, eu.
Homem veste a cartola.
Essa é a história de um homem só.
(Solano Lucena)
- Poderíamos sair para dançar e beber alguma coisa, que tal?
Tira a máscara.
- Estou lhe dizendo que quero vê-la e que sou um cara legal, sabe? “Beber”, “que tal?”, um cara legal na medida ideal.
Veste a máscara.
- Ah... Tudo bem, podemos deixar para outro dia, então, um dia que tu puderes.
Tira a máscara.
- Estou lhe dizendo que ainda quero vê-la, que sou o mesmo cara legal, um cara legal na medida ideal, e que posso ser compreensivo também. Estou me fantasiando de "o cara legal certinho". O que talvez essa pessoa não queira e decretará isso na fala seguinte.
Veste a máscara.
- Mas não vá depois se arrepender, hein? Hehehe.
Tira a máscara.
- Estou dizendo que poderia chorar a noite inteira pela atenção recusada. Poderia, se não houvesse um homem maiúsculo aqui... Ahm, eu.
Homem veste a cartola.
Essa é a história de um homem só.
(Solano Lucena)
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