Lindíssima
A pele é macia, alva, delicada. Percorro sutilmente com a mão a tez de teu rosto, tranco meus olhos nas pálpebras que te cercam, não há ponto em ti a não ser admirado. Tua beleza resplandece meus sentidos. És deusa em teu formato. Teu perfume edifica o sentimento despejante. És salvação para mim. És salvação para tal ferida. Dolente. O meu coração... Grito teu nome a sete cantos. Que todos saibam do resplendor. Que todos possam por um segundo ter a felicidade associada à tua imagem. Tua imagem perfeita.
Mas o primeiro que passa arranca-te a gérbera dos cabelos. O segundo tomba em ti, pois olhava o chão somente... O terceiro, é pior, te despedaça inteira como flor. Mulher. Ao chão. A semente.
Seco-me as lágrimas. Recolho-te com cuidado. Posiciono-te no altar de tua vocação. Afasto-me de tuas certezas. E silencio em meus lábios o segredo que é tua existência: o mundo não é bom o bastante para te conhecer. Não há hino que te louve, não há beleza que chegue aos teus pés. És lindíssima... Afinal, o que em ti por mim não é sonhado?
(Solano Lucena)
Mas o primeiro que passa arranca-te a gérbera dos cabelos. O segundo tomba em ti, pois olhava o chão somente... O terceiro, é pior, te despedaça inteira como flor. Mulher. Ao chão. A semente.
Seco-me as lágrimas. Recolho-te com cuidado. Posiciono-te no altar de tua vocação. Afasto-me de tuas certezas. E silencio em meus lábios o segredo que é tua existência: o mundo não é bom o bastante para te conhecer. Não há hino que te louve, não há beleza que chegue aos teus pés. És lindíssima... Afinal, o que em ti por mim não é sonhado?
(Solano Lucena)
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