quinta-feira, junho 09, 2005

O Mundo Mágico de Solano

Eu não tinha o que fazer. Estava triste mesmo. Pois é. Daí, eu peguei toda a argila e madeira que tinha em casa e criei minha maior criação e contribuição para esse mundo, com certeza: um planeta só p'ra mim! Só eu viveria nele. Só eu. E talvez uma faxineira possa aparecer por lá quando as coisas estiverem muito difíceis. Meu planeta já está pronto dentro da minha garagem, só falta pôr em órbita. Mas antes, acho que eu devia pensar no que vai ou não vai nele.

Pois bem... Chico Buarque sim. Mini-dicionário Luft também. Carregador de celular não. Não tenho mais celular. Não quero mais ter também. E se tiver, não o quero carregado... Crime e Castigo vai também. Talvez a solidão no planeta me motive a lê-lo. O Pequeno Príncipe p'ra mim saber como agir no meu mundinho. E meu cartão de assinante da Folha da Manhã para sempre estar por dentro em caso de eventuais visitas.

Que mais...? Minha máquina de escrever! Quero que quando meus amigos me virem de luneta, pensem: "Uau! O Solano queria e conseguiu mesmo!". E uma máquina de escrever dá todo esse charme Nelson Rodrigues. Bem lembrado.

Que mais...? Não sei. Acho que só. É... Acho que se levar mais coisas, não poderei acompanhar minha evolução dentro de minha própria proposta inicial. Tá, é isso, então. Ah, o Toddy Pronto! Como pude esquecer? Agora, sim.

Sejam bem-vindos à Solanolândia, terra de seres melancólicos e depressivos vivendo o cotidiano como dramáticas personagens de uma poesia opaca. Meu Mundo Mágico lhe aguarda para a aventura que é aventurar-se na desventura do singular.

Adeus, amiguinhos!

(Solano Lucena)