Sapatos
Para calçar os sapatos do meu amor, é preciso se ver distante. É preciso caminhar junto. É preciso caminhar junto e socorrer a dor quando o amor desatina a doer. Como calçada, meu amor teima em não ser pisado.
Para calçar os sapatos do meu amor, é preciso esquecer. Esquecer do amor. Da intenção. Esquecer o querer de calçar seus sapatos. Sapatos bonitos, diga-se de passagem. Mas não diga a ele, amores vaidosos não se consomem com elogios.
Para calçar os sapatos do meu amor, é preciso entender. Meu amor não tem pés. Ele não rasteja pelo chão. Ele também não paira sobre outros amores. Não. O meu amor está estático, onde nunca parou e nunca começou.
(Solano Lucena)
Para calçar os sapatos do meu amor, é preciso esquecer. Esquecer do amor. Da intenção. Esquecer o querer de calçar seus sapatos. Sapatos bonitos, diga-se de passagem. Mas não diga a ele, amores vaidosos não se consomem com elogios.
Para calçar os sapatos do meu amor, é preciso entender. Meu amor não tem pés. Ele não rasteja pelo chão. Ele também não paira sobre outros amores. Não. O meu amor está estático, onde nunca parou e nunca começou.
(Solano Lucena)
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