Contabilizando estrelas
Do alto do telhado da vivenda da chácara, um casal de amigos vê o céu deitado sobre uma toalha de rosto. Um deles falava, a outra ouvia. Um deles possuía um grande amor engatilhado: ela, ele adorava a forma como o mundo parecia mágico em sua inocência. Já a outra, tinha uma outra grande paixão, a astronomia, mesmo não conhecendo muito ainda. Amava ter aquele espaço infinito, incabível em seus olhos, para si. Somente para si em sua particularidade.
- Céu é aquilo que se sobressai sob nossas cabeças. Algo como uma senil e grande abóbada. E astronomia é o tipo de arquitetura utilizada para a construção anil dessa grande abóbada.
Aos poucos, ele punha a cabeça em seu ombro. De forma que ficassem de frente para a lua prateada. O sereno da noite era a música que ilustrava o momento. Apontava para ela as estrelas, estrela por estrela. Inventava nomes de constelações às vezes. Às vezes acertava. Às vezes mudava de assunto. Em outras vezes se perdia no brilho dos olhos dela a se descobrir. A música era o sereno da noite e nunca será esquecida.
- A lua prateada é um caríssimo e belíssimo enfeite importado. As estrelas são furos propositais na engenharia da abóbada que fazem vazar, por eles, luz... Luz!
Talvez fosse esse o momento! No encantamento do brilho de seus olhos, ele tornou extensão da natureza. Desengatilhou o amor que estava prestes a explodir e apontou para a estrela mais linda, aquela dos desejos submersos no escuro. Palavras bonitas a confortavam em suas idéias.
No final, ela lhe dirá que não quer nada dele... Tomara que não. Mas está escrito no destino, não há como mudar. Mas tomara que haja. Por que, quando ele olhar novamente para cima, e não houver nuvens, santas ou aviões, pensará consigo mesmo: é só o céu.
(Solano Lucena)
- Céu é aquilo que se sobressai sob nossas cabeças. Algo como uma senil e grande abóbada. E astronomia é o tipo de arquitetura utilizada para a construção anil dessa grande abóbada.
Aos poucos, ele punha a cabeça em seu ombro. De forma que ficassem de frente para a lua prateada. O sereno da noite era a música que ilustrava o momento. Apontava para ela as estrelas, estrela por estrela. Inventava nomes de constelações às vezes. Às vezes acertava. Às vezes mudava de assunto. Em outras vezes se perdia no brilho dos olhos dela a se descobrir. A música era o sereno da noite e nunca será esquecida.
- A lua prateada é um caríssimo e belíssimo enfeite importado. As estrelas são furos propositais na engenharia da abóbada que fazem vazar, por eles, luz... Luz!
Talvez fosse esse o momento! No encantamento do brilho de seus olhos, ele tornou extensão da natureza. Desengatilhou o amor que estava prestes a explodir e apontou para a estrela mais linda, aquela dos desejos submersos no escuro. Palavras bonitas a confortavam em suas idéias.
No final, ela lhe dirá que não quer nada dele... Tomara que não. Mas está escrito no destino, não há como mudar. Mas tomara que haja. Por que, quando ele olhar novamente para cima, e não houver nuvens, santas ou aviões, pensará consigo mesmo: é só o céu.
(Solano Lucena)
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